Os
professores e técnicos-administrativos da Universidade do Estado do
Rio Grande do Norte (UERN) começaram ontem mais uma greve na
universidade. A paralisação das atividades na instituição acontece após
o anúncio do Governo do Estado de que não tinha condições de cumprir o
acordo firmado com a categoria como forma de encerrar a greve de 106
dias, ocorrida no ano passado. O acordo previa um reajuste salarial de
10,65% a partir de abril deste ano, e mais 7,43% em abril de 2013 e
7,43% em 2014. O Governo alega que o aumento prometido comprometeria o
limite prudencial do Estado.
A
greve foi aprovada pela maioria dos professores e técnicos, em
assembleias ocorridas na manhã de ontem. Estudantes que participaram da
assembleia dos docentes protestaram contra a situação, com cartazes
pedindo aulas.
Antes
do início da Assembleia Geral, o presidente da Aduern, Flaubert
Torquato, afirmou que apesar da reunião com a governadora, ocorrida na
noite da última quarta-feira, ter sido bastante proveitosa, seria
difícil evitar a deflagração da greve, porque apesar de Rosalba Ciarlini
ter ratificado que iria cumprir a primeira parcela do acordo,
incorporando os 10,65% no pagamento da categoria até o final deste ano,
retroativo ao mês de abril, esse reajuste ficou condicionado à Lei de
Responsabilidade Fiscal.
Após
os informes dados pelo presidente da Aduern sobre a reunião com a
governadora, a professora Ivonete Soares defendeu a deflagração da greve
frisando que a proposta feita pela governadora e sua equipe econômica,
condicionando o reajuste à Lei de Responsabilidade Fiscal não dá
garantia do aumento aos professores. A professora Telma Gurgel, foi
aplaudida pelos alunos que assistiam a assembleia, por defender uma
greve com aulas e paralisações semanais, proposta vencida em votação.
INTERNET
No
início da noite, estudantes da universidade colocaram a greve da Uern
como um dos tópicos mais comentados no microblog Twitter, com a hashtag
#UERNNOJN (Jornal Nacional).
Reitoria diz que tentou evitar nova paralisação
A
Administração Superior da Uern emitiu nota à imprensa ontem à tarde,
demonstrando a preocupação com a deflagração de outra greve das
categorias.
“A
greve interrompe o cronograma de atividades letivas e traz inúmeros
prejuízos para a Instituição, especialmente para os estudantes”. Na
nota, a reitoria reforça os esforços feitos, junto ao governo, para
evitar uma nova greve. “A Administração Superior assegura que não poupou
esforços no sentido de evitar uma nova paralisação. O reitor Milton
Marques de Medeiros, acompanhado do pró-reitor de Planejamento e
Finanças, Severino Neto, esteve diversas vezes em Natal participando de
reuniões com secretários do governo do Estado.
ESTUDANTES
O
representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Saulo
Spinelly, que também participou da audiência com a governadora, falou
que entregou uma pauta de reivindicação que vem sendo discutida desde a
última greve da Uern de 106 dias.
Entre
os pontos de reivindicação presentes na pauta repassada para a
governadora Rosalba Ciarlini, está a autonomia financeira e o
descontigenciamento da educação e a autonomia financeira da
universidade, pontos de responsabilidade específica do Governo do
Estado.
Ainda entre as reivindicações dos estudantes está a retomada das obras nos campus de Natal e Caicó.
Fonte: Defato via cidade news
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