'Procurem a Justiça', diz Procon do RN sobre suspensão da Telexfree

O Procon do Rio Grande do Norte está orientando os potiguares que entrem com ações na Justiça contra a empresa de marketing multinível Telexfree, cujos pagamentos e novas adesões foram suspensos após determinação da juíza Thaís Borges, da 2ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco, no Acre. A decisão foi publicada na última terça (18) e vale para todo o país.
"Ninguém vai receber mais nenhum centavo enquanto o mérito da ação não for julgado. Até lá, minha orientação é que procurem a Justiça para garantir o ressarcimento dos valores investidos”, disse Araken Faria, coordenador do Procon-RN. Segundo ele, não há número oficial de quantos norte-rio-grandenses aderiram à Telexfree.
Ainda de acordo com Araken, a decisão da juíza do Acre foi acertada. “Eu também vejo o Telexfree como pirâmide financeira. Eu sempre orientei as pessoas que não aderissem. Na minha opinião, não é legal”, disse. O coordenador disse que não há reclamações registradas no Procon estadual contra a empresa, mas quem quiser entrar com um uma ação administrativa terá o direito de fazê-lo. “Quem quiser oficializar a queixa, o Procon está de portas abertas. Mas, como eu não vejo a Telexfree como uma empresa com foco na venda de produtos ou serviços, o melhor a fazer é procurar a Justiça para ingressar com uma ação civil contra a própria Telexfree e seus sócios”, argumentou.
A ação
A 2ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco julgou procedente uma ação civil pública proposta pelo Ministério Público do Acre e suspendeu os pagamentos e a adesão de novos contratos à empresa de marketing multinível Telexfree até o julgamento final da ação principal, sob pena de multa diária de R$ 500 mil. De acordo com o MPE, os donos da empresa são suspeitos de montar uma pirâmide financeira.
Telexfree tenta reverter decisão
A empresa publicou na tarde desta quarta-feira (19) em seu site um vídeo esclarecendo aos clientes e divulgadores que a empresa ainda não foi notificada oficialmente da decisão mas que está tomando todas as providências para derrubar a liminar da Justiça do Acre.
"A transparência sempre foi e sempre será o fundamento desta empresa.  Tomamos conhecimento pela mídia, ainda não fomos comunicados oficialmente da íntegra da decisão. O jurídico está trabalhando para derrubar a liminar," informa Carlos Costa, diretor de marketing da Telexfree.
O advogado da empresa, Horst Fouchs, está atualmente em Rio Branco para acompanhar o caso. "Estamos conhecendo o processo para nós então tomarmos as medidas necessária. Depois que estivermos totalmente interados do processo, podemos ate nos manifestar de uma forma mais completa", afirmou Fouchs.

Bancos colocam tapumes e palácio do governo instala grades no Rio

Apesar de anúncio da redução da tarifa, protesto deve ocorrer nesta quinta.
Nesta quarta, manifestação em Niterói acabou em confronto com a PM.

Banco do Brasil coloca tapumes na agência da Avenida Rio Branco, esquina com Rua da Assembleia, no Centro do Rio (Foto: Marcelo Elizardo / G1)

Agências bancárias no Centro do Rio de Janeiro amanheceram com tapumes em frente às portas de vidro nesta quinta-feira (20). Comerciantes da região da Avenida Rio Branco dizem que as proteções foram instaladas durante a noite. O Palácio Guanabara, sede do governo do estado, também colocou grades no entorno para tentar prevenir depredações, segundo a assessoria de imprensa.

A agência do banco Citibank da Rua da
Assembleia, no Centro, também instalou tapumes
(Foto: Marcelo Elizardo/G1)

Apesar do anúncio da redução da tarifa no Rio nesta quarta (19), de R$ 2,95 para R$ 2,75, um novo protesto deve ocorrer nesta quinta na cidade. Na segunda, a manifestação que reuniu 100 mil começou na Candelária e seguiu até a Cinelândia – a Avenida Rio Branco, considerada uma das maiores vias da cidade, liga as duas regiões. Uma agência bancária do Itaú ficou destruída na Rua São José no dia.
A assessoria do Banco do Brasil diz que a medida foi tomada como precaução devido às últimas manifestações na capital. Já o Citibank diz que "os tapumes foram instalados enquanto os vidros da agência são repostos".

Jornaleiro Marcelo Gomes diz que estuda fechar
mais cedo nesta quinta (Foto: Marcelo Elizardo/G1)

O jornaleiro Marcelo Gomes, que possui uma banca na esquina da Avenida Rio Branco com a Rua da Assembleia, diz que vai avaliar a movimentação no início da tarde para decidir se fechará mais cedo. “Vou ficar no standby. Quando eu sentir que está começando, eu saio”, conta. Segundo Gomes, outros colegas da região já confirmaram que vão fechar a banca nesta quinta às 15h.

Na manifestação de segunda, apesar de fechar mais cedo, o jornaleiro diz que teve prejuízo. “Eu fechei cedo devido aos boatos de vandalismo. Mas chegaram a quebrar meu relógio de energia. Fiquei sem energia aqui na terça-feira."

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Protesto em Niterói
Nesta quarta, a manifestação em Niterói, que chegou causar a interdição da Ponte Rio-Niterói preventivamente, durou mais de sete horas – a maior parte do tempo pacífica – e atraiu cerca de 5 mil pessoas, segundo a NitTrans. Ao final, os manifestantes entraram em confronto com a polícia e chegaram a invadir a estação das Barcas na cidade.
A exemplo do que vem ocorrendo nos demais protestos pelo país, jovens reclamaram principalmente do transporte público e dos gastos com a Copa do Mundo.

Funcionários colocam tapumes em agência bancária no Centro do Rio de Janeiro (Foto: Fabio Motta/Estadão Conteúdo)

Palácio Guanabara coloca grades como prevenção contra depredações (Foto: Alessandro Buzas/ Estadão Conteúdo)

Estação do metrô Cidade Nova, em frente à Prefeitura do Rio, amanhece nesta quinta-feira (20) com tapumes nas vidraças (Foto: Ale Silva/Futura Press/Estadão Conteúdo)