Catarinense vendeu primeira vez na internet e prêmio foi de R$ 1,5 milhão.
Jovem de 20 anos diz que pretende se tornar atriz e escrever um livro.
Jovem leiloou a virgindade pela internet (Foto: Géssica Valentini/G1)
A jovem Ingrid Migliorini, conhecida como Catarina, que leiloou a
virgindade pela internet, ainda não decidiu se sua primeira vez será com
o japonês vencedor do leilão. A garota de 20 anos está em sua cidade
natal,
Itapema, em Santa Catarina, onde deve passar o verão. Em entrevista ao
G1,
ela revelou que não se sente preparada para uma relação sexual, embora
já tenha conhecido o japonês durante um jantar em Sidney, na Austrália.
O leilão fez parte de um projeto que também previa a gravação de um
documentário sobre a preparação para a primeira vez. A produção é do
australiano Justin Sisely, que promoveu os lances por meio do 'Virgins
Wanted', site divulgado ao público no dia 15 de setembro de 2012 e cujos
lances terminaram em 24 de outubro. Já a primeira noite de Catarina
estava prevista para ocorrer 10 dias depois do fim do leilão, no dia 3
de novembro. Porém, segundo ela, até a tarde desta sexta-feira (4), não
havia uma previsão para ocorrer.
Entrevistada na praia onde nasceu e mora com a família, ela fala sobre a
relação com os pais, o desejo de escrever um livro e se tornar atriz e
afirma que ainda não desistiu do lance de
R$ 1,5 milhão que será pago pelo japonês caso sua primeira vez seja com ele.
Jovem é de Itapema, no litoral de Santa Catarina
(Foto: Géssica Valentini/G1)
G1 - Você já conheceu o vencedor do leilão? Como foi o encontro?Ingrid Migliorini -
Eu o conheci em um jantar em Sydney, na Austrália. Ele fez o pedido
para jantar antes da primeira vez e aceitei. Fui com dois amigos e o
Justin [produtor]. Ele não gostou muito de não ter sido só comigo, mas
foi por segurança e ele aceitou. Durou pouco mais de uma hora. Falamos
em inglês e foi uma conversa legal. Posso dizer que ele não é feio.
G1 - E você pensa em desistir do prêmio do leilão?Ingrid -
Neste momento, não me sinto preparada para a primeira vez. Pelo menos
neste verão, não vai acontecer, pois vou curtir a temporada no Brasil.
Isso não significa que não vai ocorrer, apenas não decidi ainda. O
regulamento do leilão não prevê nenhuma multa, então posso desistir a
qualquer momento. Agora, a chance disso acontecer é de 3 em 10.
G1 - Essa decisão tem influência da sua família? Como está a relação com seus pais?Indrid -
Além de não me sentir preparada, eles pediram muito para repensar a
decisão. Então, tem relação com eles, sim. A relação com a minha mãe
sempre foi boa e está ótima. Sobre meu pai, prefiro não comentar.
G1 - E se não acontecer com o vencedor do leilão, como você imagina sua primeira vez?Ingrid - Se não acontecer com ele, só vou fazer algo com alguém que gostar muito. Até meus 15 anos
imaginava a primeira vez com amor,
aquele desejo de adolescente de ser com o príncipe encantado.
Atualmente, vejo a virgindade como uma condição física do corpo, mas se
não acontecer através do leilão, quero gostar da pessoa de verdade.
Leilão fez parte do projeto de um australiano
(Foto: Géssica Valentini/G1)
G1 - Você nunca namorou? Já se sentiu sozinha em algum momento? Ingrid -
Nunca namorei, mas também nunca tive problemas em ficar sozinha.
Durante minhas viagens, conheço muita gente, principalmente porque estou
sozinha. Gosto de baladas e leio muito também, pelo menos um livro por
semana, às vezes mais. Isso já é uma companhia.
G1 - O que você achou do ensaio sensual feito pela revista masculina para a qual você posou nua? Ingrid - Adorei.
Eles escolheram o tema e eu gostei. Achei uma mistura de inocência e
perversidade. Neste momento, é mais ou menos assim que me sinto, de modo
geral. É, sim, um pouco do que eu sou neste momento.
G1 - Como você era quando criança e adolescente?Ingrid -
Não era nada precoce, era bem criança. Brincava de boneca, fazia festas
em lugares com tobogã. Sempre fui a aluna mais nova da classe, então,
quando as outras meninas estavam na fase de paquerar, ainda queria
brincar.
G1 - Quando esta fase passou?Ingrid -
Meu primeiro beijo foi com 17 anos, em um menino catarinense, de uma
cidade próxima de Itapema. Foi durante uma baladinha. Minha primeira
primeira paixão também foi aos 17, por um argentino. Conheci ele na
praia e ficamos juntos por no máximo uma semana, depois ele foi embora.
Trocamos e-mails, mas foi só isso, nunca rolou nada mais.
G1 - Depois do leilão, qual é a reação das pessoas quando encontram com você?Ingrid -
Nunca ninguém falou nada que me ofendesse pessoalmente. Já vi muitos
comentários negativos, mas agora não os leio mais. Acho que na internet
as pessoas têm mais coragem de falar e dizem qualquer coisa. Diante de
mim, nunca me disseram qualquer ofensa. Pelo contrário, quem fala elogia
a coragem.
G1 - Você acha que as pessoas são verdadeiras quando falam com você sobre isso? Ingrid -
Não sei, mas, de qualquer forma, não me importo. Uma vez li uma frase
que questionava: "Ser admirada? De que te serve?". Então, se as pessoas
são verdadeiras ou não, não vai fazer diferença.
Catarinense tem 20 anos e pretende escrever um
livro (Foto: Géssica Valentini/G1)
G1 - Você ficou com receio que o leilão pudesse atrapalhar futuros relacionamentos? Ingrid - Sempre
achei que o amor verdadeiro supera tudo e gosta de você como realmente
é. Pensei nisso, mas os homens se aproximam mais de mim agora. Não sei
qual a real intenção, isso é verdade, mas atualmente me pedem em
casamento, em namoro e me procuram muito mais.
G1 - Quais seus planos para 2013?Ingrid - Viajar
muito e escrever um livro. Meu objetivo com o leilão era ganhar
dinheiro para ser independente, viajar e conhecer novos lugares e
pessoas. Isto é uma coisa de que gosto de fazer, além de ir à praia,
tocar piano e até surfar de vez em quando. Também quero estudar, mas
talvez mude de área. Antes do leilão, estava com matrícula feita para
cursar medicina na Argentina. Agora, penso em estudar no Brasil ou então
fazer outro curso, como Artes Cênicas. Gostaria que surgisse uma
oportunidade para trabalhar no meio artístico, talvez me tornar atriz.
Jovem deve passar a temporada em Santa Catarina (Foto: Géssica Valentini/G1)